Royal Enfield inicia produção na Argentina
No total, três modelos da marca indiana serão montados no país vizinho em regime CKD. Motos não virão ao Brasil
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Enquanto a Royal Enfield vem passando por uma transformação na Índia, sua sede, ao aposentar a linha 500 em favor de novos motores 350 que devem ser apresentados em breve, a marca acaba de anunciar mais um marco histórico para a empresa. Desde o início da década de 1970, quando as operações da Royal na Inglaterra faliram, as motos da marca sempre foram produzidas exclusivamente na Índia.
Não mais. A Royal Enfield acabou de dar início à montagem de alguns seus modelos na Argentina. As motos Himalayan 410, Interceptor 650 e Continental GT 650 chegarão desmontadas em caixotes da Índia e terão a montagem final realizada em Campana, região nas cercanias da capital Buenos Aires. A operação é feita em parceria com o grupo argentino Simpa. É a primeira vez em décadas que a marca produz motos fora de seu país-sede.
Presente à inauguração da linha de montagem, Vinod K. Dasari, CEO da fabricante, disse que “a Royal Enfield tem trabalhado continuamente para crescer e expandir o segmento de motociclismo de peso médio globalmente e também para aumentar nossa presença em importantes mercados. Nos últimos anos, aumentamos nossa presença internacional e agora operamos em 60 países. Com uma visão estratégica para atender à demanda crescente e obter vantagem significativa no mercado, temos buscado estabelecer unidades de montagem em mercados específicos na região da Ásia-Pacífico e na América do Sul. No primeiro deles, temos a grande satisfação de anunciar a primeira linha CKD na Argentina”.
Com o início da montagem, ainda não há previsão de quando os modelos feitos no país vizinho começarão a atender o mercado de lá, nem quais serão os demais países contemplados pela produção argentina. No entanto, questionada pelo Motoo, a Royal Enfield do Brasil afirmou que tal mudança não afetará a operação nacional da empresa, que deve continuar a importar as motos vendidas por aqui da Índia, sem previsão de trazer os modelos argentinos.
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Por
Thiago Moreno
Thiago ?jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva.