De pandemia a elétricas: como foi 2020 para as motos?
Confira um resumo do que aconteceu de mais importante na indústria de duas rodas no Brasil e no mundo
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O ano de 2020 foi marcado pela pandemia. Em consequência dela, a indústria das duas rodas sofreu altos e baixos no período. Seja pela escassez de peças, dificuldades logísticas ou até mesmo com a paralisação da produção, não foi fácil para ninguém. No entanto, as motocicletas nunca estiveram tão em alta.
O ano já começou pressionado
Mesmo antes de a pandemia atingir mais gravemente o Brasil, a produção por aqui já não estava fácil. Enquanto os números de vendas não estavam muito diferentes dos vistos em 2019, a cotação do dólar disparou, beirando os R$ 6 ao longo de 2020. Além disso, outros países que fornecem componentes para as motos vendidas aqui já estavam se fechando e as peças importadas estavam se tornando escassas.
Serviço de entregas por moto se tornou mais importante
Quem pôde, ficou em casa durante a pandemia. Com menos gente fazendo compras presencialmente, as vendas online cresceram e nunca se dependeu tanto dos serviços de entregas, principalmente com motocicletas. Por outro lado, pessoas que perderam o emprego por conta da quarentena recorreram aos aplicativos para garantir renda. Com a lenta reabertura, a motocicleta ainda apareceu como uma alternativa para evitar aglomerações no transporte público.
A demanda subiu, a produção não e os preços aumentaram
Foi no segundo trimestre de 2020 que a quarentena determinou o fechamento das fábricas de Manaus (AM), principal pólo produtivo do setor de duas rodas no país. Mesmo quando reabriram, tiveram o ritmo de produção reduzido para atender às normas sanitárias. Com a demanda por motos em alta e a produção baixa, além da cotação do dólar pressionando os valores, não havia como o resultado não ser um aumento de preços generalizado.
Foi um ano se salões, mas com eventos virtuais
Outra dura consequência da pandemia foi o cancelamento de praticamente todos os salões de motocicletas no mundo. Além disso, diversos eventos de lançamento foram cancelados. Os que ocorreram tiveram que ser feitos de maneira virtual para atender às normas de distanciamento social e à quarentena. No entanto, para 2021, já foi confirmado que o EICMA ocorrerá normalmente. O salão italiano é um dos mais importantes do mundo.
As marcas apostaram nos scooters
Como alternativa ao transporte público, os scooters surgiram como uma opção prática de deslocamento urbano. Nunca se vendeu tanto scooter no Brasil como em 2020. E as marcas notaram isso. A Kymco apresentou a AK550, enquanto a Yamaha apresentou a nova geração do NMax 160. Por último, a Honda apresentou o ADV e confirmou o Forza 350 para este ano.
As elétricas cresceram
Com a maioria dos países da Europa já tendo definido datas para o fim da venda das motos novas a combustão, mais opções elétricas surgiram. No Brasil, a Voltz fortaleceu sua produção local e ampliou a rede de lojas. Além disso, apresentou dois novos modelos movidos a baterias para cá: a EVS e o scooter EV1 Sport.
Caminho das Índias
Assim como no Brasil, o mercado indiano de motocicletas é muito forte nos segmentos de entrada, o que tornaria natural a chegada das marcas de lá ao nosso país. Isso deve ocorrer em breve, pois a Bajaj, uma das maiores montadoras da Índia, anunciou que terá uma fábrica por aqui. A Royal Enfield, por sua vez, confirmou que a nova Meteor 350 chegará ao Brasil em 2021. O CEO da empresa também afirmou que quer ter uma fábrica por aqui.
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Por
Thiago Moreno
Thiago ?jornalista do setor automobilístico desde 2008 e possui pós-graduação em Gestão Automotiva.